Vozes que inspiram: a ascensão feminina nos podcasts.

Cris Bartis, Juliana Wallauer, Branca Vianna, Camila Fremder e Isabela Reis debatem o impacto das mulheres no mundo dos podcasts.

O mercado de podcasts no Brasil tem crescido consideravelmente nos últimos anos, com um aumento significativo na quantidade e variedade de programas, assim como na profissionalização e rentabilidade do setor. Em 2023, o Brasil teve 51,8 milhões de ouvintes de podcasts, de acordo com a pesquisa The State of Podcasting in Latin America.

O podcast Mamilos, liderado por Juliana Wallauer e Cris Bartis, é um exemplo icônico desse crescimento. Criado há dez anos, o Mamilos se destaca por abordar temas complexos de forma interessada e sem ironia, atraindo um público diversificado.

O cenário dos podcasts brasileiros era diferente há alguns anos, com foco predominante em cultura nerd e um público majoritariamente masculino. No entanto, o mercado evoluiu, e as mulheres conquistaram espaço como produtoras e ouvintes. A audiência feminina cresceu consideravelmente, e a qualidade dos programas produzidos por mulheres também aumentou.

Apesar do avanço, a presença feminina ainda não alcançou a paridade. O Mamilos, por exemplo, enfrentou resistência inicialmente, questionando se seu conteúdo seria automaticamente classificado como “para mulheres”. Apesar de não ser exclusivamente feminino, o podcast reflete a perspectiva feminina em sua abordagem.

Outros podcasts, como Maria Vai Com As Outras e Praia dos Ossos, abordam questões importantes para as mulheres, como a presença feminina no mercado de trabalho e a violência contra a mulher, respectivamente. Esses programas buscam criar conteúdo informativo e divertido, provocando reflexões sobre questões importantes como a igualdade de gênero.

No entanto, ainda existem temas femininos considerados tabus, como menopausa e hormônios, que são importantes de serem discutidos. Apesar dos avanços, as mulheres negras ainda são sub-representadas nos podcasts brasileiros, refletindo desafios relacionados à falta de representatividade e retorno financeiro.

A comunidade de podcasters femininas tem se mostrado unida, com parcerias profissionais que evoluem para amizades e redes de apoio. Os podcasts são valorizados pela intimidade e conexão que criam com os ouvintes, tornando-se parte da rotina e dos rituais de sua audiência.

Por: Lidia Capitani

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